sexta-feira, 11 de maio de 2007

Poesia - Ler e ter

Poesia - Rita tem




















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Conto: Na calada da noite

Na calada da noite


À noite caí bem devagar para Dinho. Deitado na cama jogando vídeo game. O telefone toca. E ele atende:
-Quem é porra ! Estou jogando não está vendo!
Do outro lado da linha era seu grande amigo Ricardinho. Ele responde:
-Tô nada, não tenho câmera seu idiota!
-Dinho vamos “pegar” uma balada lá na zona leste, perto de Itaquera.
-Pô Ricardinho aquela área é pesada irmão!
- Tá com medo Dinho! Então fica aí dormindo. Eu vou lá pegar “umas par de mulherada”!
-Tá bom Ricardinho! Você pegando assim tão fácil. Conta outra.
-Vamos lá Dinho?
Dinho demora pra responder, pára de jogar por um instante e fala:
-Não é isso Ricardinho é que os manos de lá são cheio de cobrar essas fitas com a mulherada!
Dinho lembra da última festa que foram na zona leste e tiveram que correr muito para não apanhar, ainda possui a marca de pedrada no rosto. Os dois são amigos de longa data e sabem do perigo da noite em São Paulo. Mas nas suas veias correm o sangue adolescente e por mais que o perigo se torne real, acreditam que o mais importante da vida é viver.
-Vai mano! Vamos pra festa!
-Tá bom Ricardinho vamos sim. Mas chama o Cabeção, heim. Não quero apanhar de novo.
-Tudo bem seu bunda mole. Vou chamar o cabeção para ir com a gente.
-Então Ricardinho? Vai ter o “suave” antes da balada, ou vamos no “seco” mesmo?
-Vixi. Demorou!
Ricardinho tinha muitos amigos e sempre arruma maconha e bebida para o grupo. Ele era responsável pela animação antes das festas.
Mais tarde lá pelas 23:00, o grupo já estava reunido na Vila do Ricardinho, perto de Interlagos. No grupo estavam Ricardinho, Dinho e Cabeção que havia se juntado ao grupo com muitas ressalvas da mãe que morria de medo quando os meninos se reuniam.
Os três fumavam, bebiam e contavam vantagem como sempre. Em suas conversas o que mais se ouviam eram estórias sobre violência, mulheres e como seria o futuro. O mais alegre de todos era Dinho que sempre lembrava a todos quem era mais experto e conquistador.
Nesses momentos a alegria estampada no rosto era nítida. E zombavam do amigo.
Em um determinado momento no final do último cigarro antes de sair. Cabeção fala:
-Puts ! Mano. A festa é em Itaquera?
Com o olho vermelho e com a fala mole de tanta bebida e maconha, Ricardinho responde:
- Não. É na China seu burro!
A risada é geral.
-Não Ricardinho. Lembra do Titu? Aquele cara lá da minha “quebrada”.
Por um momento, Dinho fica tenso. Ricardinho responde:
-Lembro sim. O Dinho “catou” a mina dele, né! E ri.
-O cara se mudou pra “Leste”. Acho que era para essas quebradas que a gente “vai” hoje.
Dinho faz cara de bravo. Pega mais um copo e enche de bebida. Todos olham para ele para ver a sua reação.
-Quer saber Cabeção. Se ele estiver na festa eu “cato” a mina dele de novo! E chuto a bunda dele.
-Todos caem na gargalhada mais uma vez!
O momento não era para se mostrar fraco e Dinho se fez de líder. Ganhou o apoio e o respeito de todos mais uma vez.
Os meninos começaram a atravessar a cidade rumo à zona leste. O trajeto era longo. Eles pegaram ônibus, trem e mais um ônibus para chegar na festa.
Chegando perto da festa que seria na casa da Nanda, uma amiga antiga de escola de Ricardinho. O grupo já sentiu no ar os olhares dos outros rapazes da festa. Sabiam que estavam sendo vigiados, mas sabiam que toda festa acontecia isso.
Já na porta da casa da Nanda. Ricardinho cumprimenta a dona da casa e algumas pessoas que estavam lá fazendo um samba. Dinho e Cabeção já na seqüência faziam o mesmo.
Já com o clima mais ameno o trio até fez amizade e arriscou dançar com algumas meninas que olhavam para eles. Perto de 2.00 da manhã. Chega mais um grupo de convidado na festa. Cabeção chama o Ricardinho de lado e lhe fala:
-Ricardinho. Ta vendo aqueles “manos” ali?
-Sim cabeção!
-Os manos têm uma “quadrada”. E estavam apontando pra alguém da festa. Será que é a parada do Dinho, mano?
Eles sabiam que em todas as quebradas o perigo tinha hora. O sereno da madrugada. Olhavam para o redor em busca da visão do amigo.
-Será Cabeção. Você não está “viajando”.
-Nada Ricardinho. É sério.
Ricardinho era o mais atento à confusão. Sempre que o grupo estava em perigo ele que traçava a rota de fuga. Ele tinha o sonho de trabalhar na polícia só para poder correr de carro nas movimentadas ruas de São Paulo com a sirene ligada.
O momento era tenso e ele sabia que precisava agir rápido para conter a suposta confusão. Chamou a Nanda e perguntou discretamente que eram os rapazes. Nanda respondeu que não conhecia todos, mas que moravam da vila e que eram primos de um tal de Titu. Nesta hora Ricardinho olhou para o rosto de Cabeção e que não esboçou reação.
-Obrigado Nanda.
-Por nada Ricardinho. Mas esta tudo bem?
-Tá sim Nanda. É que parece um amigo meu.
-Tá bom então Ricardinho. Você quer mais bebida?
-Não Nanda. Obrigado.
Ricardinho espera a amiga sair de perto e fala:
-Cabeção! Estamos fudidos! Cadê o Dinho, mano?
-Não sei Ricardinho. Ele tava dançando com uma mina. E depois foi para dentro da casa.
-Vamos achar ele logo e ir embora.
-Vamos sim. Cabeção!
Mas nem dá tempo de ouvir mais nada. Acontece um tumulto bem na parte de dentro da casa. Ouviu-se 5 tiros e muita gritaria. Ricardinho não sabe se corre para dentro ou para fora da casa. Cabeção corre em direção á rua sem olhar para trás. Neste momento ele ouvi 3 tiros e um silêncio. Cabeção corre sem parar, até chegar na outra esquina, e percebe que esta sendo seguido. E quem ainda esta na casa. Em silêncio. Consegue ouvir mais 2 tiros.


Na calada da noite


À noite caí bem devagar para Dinho. Deitado na cama jogando vídeo game. O telefone toca. E ele atende:
-Quem é porra ! Estou jogando não está vendo!
Do outro lado da linha era seu grande amigo Ricardinho. Ele responde:
-Tô nada, não tenho câmera seu idiota!
-Dinho vamos “pegar” uma balada lá na zona leste, perto de Itaquera.
-Pô Ricardinho aquela área é pesada irmão!
- Tá com medo Dinho! Então fica aí dormindo. Eu vou lá pegar “umas par de mulherada”!
-Tá bom Ricardinho! Você pegando assim tão fácil. Conta outra.
-Vamos lá Dinho?
Dinho demora pra responder, pára de jogar por um instante e fala:
-Não é isso Ricardinho é que os manos de lá são cheio de cobrar essas fitas com a mulherada!
Dinho lembra da última festa que foram na zona leste e tiveram que correr muito para não apanhar, ainda possui a marca de pedrada no rosto. Os dois são amigos de longa data e sabem do perigo da noite em São Paulo. Mas nas suas veias correm o sangue adolescente e por mais que o perigo se torne real, acreditam que o mais importante da vida é viver.
-Vai mano! Vamos pra festa!
-Tá bom Ricardinho vamos sim. Mas chama o Cabeção, heim. Não quero apanhar de novo.
-Tudo bem seu bunda mole. Vou chamar o cabeção para ir com a gente.
-Então Ricardinho? Vai ter o “suave” antes da balada, ou vamos no “seco” mesmo?
-Vixi. Demorou!
Ricardinho tinha muitos amigos e sempre arruma maconha e bebida para o grupo. Ele era responsável pela animação antes das festas.
Mais tarde lá pelas 23:00, o grupo já estava reunido na Vila do Ricardinho, perto de Interlagos. No grupo estavam Ricardinho, Dinho e Cabeção que havia se juntado ao grupo com muitas ressalvas da mãe que morria de medo quando os meninos se reuniam.
Os três fumavam, bebiam e contavam vantagem como sempre. Em suas conversas o que mais se ouviam eram estórias sobre violência, mulheres e como seria o futuro. O mais alegre de todos era Dinho que sempre lembrava a todos quem era mais experto e conquistador.
Nesses momentos a alegria estampada no rosto era nítida. E zombavam do amigo.
Em um determinado momento no final do último cigarro antes de sair. Cabeção fala:
-Puts ! Mano. A festa é em Itaquera?
Com o olho vermelho e com a fala mole de tanta bebida e maconha, Ricardinho responde:
- Não. É na China seu burro!
A risada é geral.
-Não Ricardinho. Lembra do Titu? Aquele cara lá da minha “quebrada”.
Por um momento, Dinho fica tenso. Ricardinho responde:
-Lembro sim. O Dinho “catou” a mina dele, né! E ri.
-O cara se mudou pra “Leste”. Acho que era para essas quebradas que a gente “vai” hoje.
Dinho faz cara de bravo. Pega mais um copo e enche de bebida. Todos olham para ele para ver a sua reação.
-Quer saber Cabeção. Se ele estiver na festa eu “cato” a mina dele de novo! E chuto a bunda dele.
-Todos caem na gargalhada mais uma vez!
O momento não era para se mostrar fraco e Dinho se fez de líder. Ganhou o apoio e o respeito de todos mais uma vez.
Os meninos começaram a atravessar a cidade rumo à zona leste. O trajeto era longo. Eles pegaram ônibus, trem e mais um ônibus para chegar na festa.
Chegando perto da festa que seria na casa da Nanda, uma amiga antiga de escola de Ricardinho. O grupo já sentiu no ar os olhares dos outros rapazes da festa. Sabiam que estavam sendo vigiados, mas sabiam que toda festa acontecia isso.
Já na porta da casa da Nanda. Ricardinho cumprimenta a dona da casa e algumas pessoas que estavam lá fazendo um samba. Dinho e Cabeção já na seqüência faziam o mesmo.
Já com o clima mais ameno o trio até fez amizade e arriscou dançar com algumas meninas que olhavam para eles. Perto de 2.00 da manhã. Chega mais um grupo de convidado na festa. Cabeção chama o Ricardinho de lado e lhe fala:
-Ricardinho. Ta vendo aqueles “manos” ali?
-Sim cabeção!
-Os manos têm uma “quadrada”. E estavam apontando pra alguém da festa. Será que é a parada do Dinho, mano?
Eles sabiam que em todas as quebradas o perigo tinha hora. O sereno da madrugada. Olhavam para o redor em busca da visão do amigo.
-Será Cabeção. Você não está “viajando”.
-Nada Ricardinho. É sério.
Ricardinho era o mais atento à confusão. Sempre que o grupo estava em perigo ele que traçava a rota de fuga. Ele tinha o sonho de trabalhar na polícia só para poder correr de carro nas movimentadas ruas de São Paulo com a sirene ligada.
O momento era tenso e ele sabia que precisava agir rápido para conter a suposta confusão. Chamou a Nanda e perguntou discretamente que eram os rapazes. Nanda respondeu que não conhecia todos, mas que moravam da vila e que eram primos de um tal de Titu. Nesta hora Ricardinho olhou para o rosto de Cabeção e que não esboçou reação.
-Obrigado Nanda.
-Por nada Ricardinho. Mas esta tudo bem?
-Tá sim Nanda. É que parece um amigo meu.
-Tá bom então Ricardinho. Você quer mais bebida?
-Não Nanda. Obrigado.
Ricardinho espera a amiga sair de perto e fala:
-Cabeção! Estamos fudidos! Cadê o Dinho, mano?
-Não sei Ricardinho. Ele tava dançando com uma mina. E depois foi para dentro da casa.
-Vamos achar ele logo e ir embora.
-Vamos sim. Cabeção!
Mas nem dá tempo de ouvir mais nada. Acontece um tumulto bem na parte de dentro da casa. Ouviu-se 5 tiros e muita gritaria. Ricardinho não sabe se corre para dentro ou para fora da casa. Cabeção corre em direção á rua sem olhar para trás. Neste momento ele ouvi 3 tiros e um silêncio. Cabeção corre sem parar, até chegar na outra esquina, e percebe que esta sendo seguido. E quem ainda esta na casa. Em silêncio. Consegue ouvir mais 2 tiros.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Pierry Levy

Estou relendo um livro do Pierre Lévy -"o que é o virtual". O livro aborda de forma interessante temas como: realidade virtual, ciberespaço e evolução tecnológica.

Fica aqui uma frase de Roy Ascott que é citado na introdução do livro.

" A realidade Virtual corrompe, a realidade absoluta corrompe absolutamente."

Evolução

Ótimo comercial

quinta-feira, 15 de março de 2007

Tableless ?????!!???


Tableless não é somente uma nova forma para desenvolver sites, é tambem um novo conceito de produzir código limpo e objetivo. Pode-se dizer que é o código feito no dreamweaver, mas que passou por uma dieta rigorosa...rssss..
Vale a pena estudar um pouco esse conceito !!

>Dicas